quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Comandante negro da Guerrilha do Araguaia, "Osvaldão" tem trajetória lançada em filme

Negro, porte de atleta e campeão de boxe, Osvaldo Orlando da Costa foi um dos principais comandantes da Guerrilha do Araguaia, movimento de resistência à ditadura militar entre fins da década de 1960 e meados de 1970. Foi temido pelos militares e o seu nome virou lenda na região. Moradores contam mitos, dizem que Osvaldão desviava de bala e se transformava em pedra e cupinzeiro.


O documentário OSVALDÃO resgata a trajetória do guerrilheiro nascido em Passa Quatro (MG). Os diretores colheram depoimentos  de familiares em sua cidade natal e  de amigos na  capital fluminense, onde Osvaldão estudou. Militantes, mateiros e militares contam sobre o seu ingresso e a sua liderança na guerrilha. O filme traz ainda raras e exclusivas imagens do guerrilheiro em Praga, antiga Tchecoslováquia, durante uma excursão de estudantes.

No dia 10 de dezembro o longa-metragem chega aos cinemas de São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Porto Alegre (RS). Belo Horizonte (MG) e Salvador (BA) recebem o documentário no dia 17 e em Recife (PE) e Fortaleza (CE), no mês de janeiro.

O músico Criolo empresta voz ao Osvaldão no documentário, que tem participação de outros artistas como Leci Brandão, Antônio Pitanga, Flávio Renegado e Fernando Szegeri.

OSVALDÃO é uma produção independente que levou  dois anos para ser realizada. Após os processos de pesquisa, filmagem, montagem e finalização, com gravações no Rio de Janeiro, Pará, Tocantins e Minas Gerais, o filme teve sua primeira exibição pública na 38ª. Mostra de Cinema de São Paulo. A realização é da Fundação Mauricio Grabois, Clementina Filmes e Estrangeira
Filmes.

Os diretores Ana Petta (Repare Bem), André Michiles (Através), Fabio Bardella (Através) e Vandré Fernandes (Camponeses do Araguaia) integram o coletivo cinematográfico Gameleira, responsável pela produção do documentário OSVALDÃO. Formado por diretores e produtores apaixonados pelo Brasil e interessados em um cinema colaborativo construído com arte, política e memória, o Gameleira utiliza os recursos gerados por um financiamento coletivo via internet  para levar OSVALDÃO aos cinemas de sete estados brasileiros.

FINANCIAMENTO COLETIVO
Sem recursos para lançar o longa nos cinemas, os produtores de Osvaldão utilizaram a plataforma Catarse para gerar um financiamento coletivo.  "Nós pedimos a contribuição financeira de todos os que gostariam de levar o "Osvaldão" para os cinemas do Brasil.  Desejamos  que,  por  meio  da  tela de cinema,  a juventude e o nosso país possam conhecer a história de um brasileiro que lutou bravamente pela nossa democracia", afirma a diretora Ana
Petta.


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